quinta-feira, 23 de abril de 2009
Conversa Descabida - Joana Clara
Posted on 15:36 by FHAE
As conversa de café e totalmente descabidas continuam. E continuam novamente junto do público feminino. E, surpreenda-se, com uma amiga e colega da nossa primeira entrevistada Carla Anes. Joana Clara tem 20 anos e é estudante do 3º ano de Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Futura jornalista, aqui invertem-se os papéis em que Joana assume o papel de entrevistada. Nesta conversa ficamos a saber que Joana é uma rapariga de opiniões formadas e bastante faladora. Fala-se do casamento de José Sócrates, de Britney Spears e do American Idol. Joana diz-nos do que é que não tem dúvidas e partilha connosco a sua opinião quanto ao desempenho da Carla. Para já o melhor mesmo será ler a entrevista de fio a pavio.
Conversa Descabida: Antes de mais muito obrigado por teres aceite o nosso convite. Sabemos que és amiga da nossa primeira entrevistada, a Carla. Achas que ela esteve à altura do desafio?
Joana: Como já tive oportunidade de confidenciar, achei a ironia da Anes genial, ironia essa com a qual tenho oportunidade de conviver quase diariamente e à qual acho imensa piada. Por isso sim, considero que esteve à altura do desafio. E acrescento que ela é das pessoas que conheço com um gosto musical excepcional, ainda que seja, de todo, diferente do meu. No entanto, já descobri muito boa música e muito bom artista, graças a ela. De resto, tenho apenas a dizer que a entrevista agradou-me pelo próprio tom com que foi feita e também porque achei que as perguntas não podiam ter sido melhores.
Conversa Descabida: Obrigado pela parte que nos toca. E descobris-te alguma coisa sobre ela que não soubesses?
Joana: Não, não! E posso aqui confirmar que a Carla é das pessoas mais sóbrias que conheço. A sua 'alegria' contagiante nos jantares de curso e mesmo naqueles entre amigos mais chegados é apenas um traço da sua personalidade, nada mais. E não vou "inserir aqui nenhum tipo de sarcasmo".
Conversa Descabida: Esta semana falamos dos No Doubt. Onde pensas que Gwen Stefani brilha mais: na banda ou a solo?
Joana: Confesso que quando era mais nova era completamente viciada na "Don't Speak" e ainda hoje quando oiço a música, sinto-me voltar a minha infância/pseudo-adolescência. Mais tarde, apaixonei-me pelo álbum Rock Steady, sobretudo pelos singles lançados, nomeadamente "Hey Baby", "Hella Good" e "Underneath At All". Devo acrescentar que não é bem o meu estilo de música, mas na altura achei que tinha sido um dos melhores trabalhos da banda norte-americana. Quanto a carreira a solo da Gwen, considero que foi uma boa forma de a artista se afirmar ainda mais. Ela tem uma presença em palco inconfundível e poderosamente marcante. Adoro o estilo dela e acho que ela faz a diferença por ser uma vocalista com um estilo irreverente, mas à sua própria maneira, isto é, não é mais uma Avril Lavigne ou uma Madonna. O álbum Love. Angel. Music. Baby é extraordinário, na minha opinião. E adoro o imaginário "Alice no País das Maravilhas", que ela recriou no primeiro single desse álbum.
Conversa Descabida: A semana passada escreveu-se um artigo aqui nestas páginas sobre bandas com nomes cuja tradução para português era bastante engraçada. Os No Doubt estava lá com o nome de Sem Dúvida. Aproveitando a deixa, do que é que não tens dúvidas?
Joana: Não tenho dúvidas quanto ao futuro que nos espera a todos. Mas como não quero ser demasiado mórbida nesta minha resposta, como não tenho jeito nenhum para o drama e como o meu forte não é a ironia (ser mordaz é um traço que tenho tentado acrescentar à minha personalidade, no entanto sem qualquer sucesso à vista), digo apenas que o homem não vive de certezas, apesar de muitas vezes afirmar que sabe tudo. Eu gosto de pensar que não tenho certezas, mas que também não tenho dúvidas. Sou qualquer coisa in between, algo que não sei ao certo o que significa, mas que um dia vou descobrir. Sou feliz desta maneira. Não quero ser uma pessoa com certezas, num mundo que pensa que apenas tem certezas, simplesmente porque não quero ser apenas mais uma pessoa no mundo.
Conversa Descabida: Vamos fofocar um bocado agora que também dá jeito às vezes. O que tens a dizer do casamento de José Sócrates com Fernanda Câncio que deverá ocorrer no Verão deste ano?
Joana: Ora aí está um tema verdadeiramente interessante para ser debatido por uma futura jornalista, cujo "futuro", espero eu, não passará, de todo, pelas revistas ditas cor-de-rosa. Mas sim, acho "porreiro pá". Acho que a Fernandinha partilha, sem dúvida, da minha opinião. E aproveitando a deixa, contrariamente ao que muito boa gente acha da voz dela, eu adoro a rouquidão que lhe é característica.
Conversa Descabida: Que música achas que ficaria bem na cerimónia?
Joana: Ora bem, estás a ver a Canon, a musica tradicional do casamento? Eu prefiro esta versão: http://www.youtube.com/watch?v=QjA5faZF1A8. Não há nada melhor do que algo assim mais animadito, mais rockeiro e assim sempre dá para dar mais vida à cerimónia. Por consequência, reduz-se o número de convidados que, provavelmente, já estariam a dormir ainda a "missa" estava a meio. Acrescento que o padre também acharia muito porreiro.
Conversa Descabida: A nossa escolha provavelmente recairia sobre o “Surrender” da Céline Dion…Achas que o nosso primeiro ministro será um marido tão bom quanto é político?
Joana: “Surrender”? Seria uma boa escolha também. "A thousand dreams I still believe", já dizia a Céline. É ela e muitos portugueses. Pronto, não me vou alongar a esse respeito, mas espero que toda a gente que está a ler esta entrevista, saiba perceber nas entrelinhas. Quanto ao facto de vir a ser um marido tão bom como é político, ora bem... penso que será "porreiro pá".
Conversa Descabida: Mudemos de assunto senão daqui a nada somos noticia de telejornal…A Britney Spears vem a Portugal em Julho para um concerto no Pavilhão Atlântico. Faz-me recordar há 5 anos atrás a actuação dela no Rock In Rio Lisboa. Achas bem que as pessoas paguem preços exurbitantes para que depois lhes espetem com um playback em cima?
Joana: Sim, tens razão. Talvez seja melhor dizer que todas as minhas respostas até agora foram extremamente irónicas, só mesmo uma forma de me tentar adaptar ao tom da entrevista. Acreditem que política não é de todo o meu forte, mas que até não desgosto do nosso primeiro-ministro. E ambiciono, como jornalista, vir a entrevistá-lo. Respondendo à tua questão, por muito playback que a Britney utilize e apesar dos preços exurbitantes dos bilhetes, acho que as pessoas não vão deixar de ir ver os concertos dela. Ela, por muito que não queiramos, é um ícone da música pop. E toda a rapariga da minha idade, sonhou acordada com o rapaz de quem gostava ao som de uma música dela. A Britney preencheu a nossa adolescência. Ela já teve uma voz maravilhosa em tempos e refiro-me aqui à altura em que ela participou no Mickey Mouse Club. Já vi inúmeros documentários dela em que se podia ver que tinha uma voz bonita. Mas nota-se que nunca pode ser comparada à Christina Aguilera, ainda que as pessoas comuns e até mesmo os especialistas em termos musicais tenham tendência para fazer essa comparação. Termino a minha resposta dizendo que "Circus" é um álbum que ainda vai dar que falar. A Britney teve a sua fase complicada e "Blackout", na minha opinião, foi o pior álbum dela até agora. Mas penso que este último vai relançá-la, sem duvida, no mundo do espectáculo.
Conversa Descabida: Já que falamos de playback começo também a lembrar-me do Festival da Canção e da música do Carlos Paião. Das 45 músicas portuguesas que venceram o Festival a nível nacional qual a que mais te fascina?
Joana: “Amor D'Água Fresca”. Em primeiro lugar porque a letra é da autoria de uma das escritoras portuguesas que mais aprecio, Rosa Lobato de Faria, e depois porque é excepcionalmente bem interpretada por uma das vozes que mais gosto no panorama musical português, a fabulosa Dina. E aproveito aqui para dizer que gostava de tê-la ouvido mais vezes ao longo destes anos.
Conversa Descabida: Até que ano achas que a escolaridade devia ser obrigatória?
Joana: Eu concordo, com o facto de a escolaridade obrigatória ser até ao 12º ano. Mais uma vez, não estou muito por dentro de assuntos relacionados com política, mas já percebi pelas notícias que vejo nos telejornais e que leio nos jornais diários que alguns professores e alunos não estão contentes com muitas das medidas tomadas pela Maria de Lurdes Rodrigues. Eu não me posso manifestar a esse nível, porque não tenho grande conhecimento de causa. E mais uma vez aproveito momentos como estes, mais dizer que podíamos fazer um esforço para acabar com muita da iliteracia do nosso país. Gostaria que abrissem mais universidades para as pessoas mais velhas, que querem aprender a ler e a escrever, ou que ambicionam continuar os estudos que já têm e ter formação a todos os níveis. Não há nada melhor do que ter pessoas com vontade de aprender. E acrescento que a leitura devia ser muito mais estimulada, sobretudo nas crianças, que deviam, na minha opinião, começar a ter contacto, desde cedo com a magia que as palavras podem ter. Penso que Portugal devia apostar mais na cultura, ainda para mais porque vivemos num país cheio de História.
Conversa Descabida: Que música é ideal para estudar?
Joana: Ora bem, para mim folk e música celta.
Conversa Descabida: Esta semana falámos do American Idol na nossa Caixinha de Tesouros. Tens acompanhado a 8º temporada?
Joana: Gostava de poder dizer que sim, mas nem por isso. A quantidade exorbintante de entrevistas que tenho de transcrever para escrever reportagens para a faculdade, impossibilita-me acompanhar a 8ª temporada e todas as que se lhe antecederam.
Conversa Descabida: Mas certamente que conheces o Simon Cowell…Que tens a dizer sobre o papel que ele tem desempenhado como júri?
Joana: Claro que conheço. Ora bem, penso que devia deixar de ser tão carrancudo. Tem ar de quem carrega o mundo às costas. O único sítio onde o vi a ser minimanente 'fofinho' foi nos extras do Shrek 2, em que brilha a cantar "I did it my way".
Conversa Descabida: Desconhecíamos essa preciosidade do Shrek mas vamos investigar! Achas que tinhas o material necessário para ser a próxima “ídola” portuguesa?
Joana: Não, de todo. Ambiciono ser uma "ídola", mas apenas a nível jornalístico.
Conversa Descabida: Apesar de estarmos a gostar muito da conversa temos de terminar…Como já vem sendo hábito nestas entrevistas vamos ser maldosos e pedir-te que selecciones 10 músicas da tua vida…E nem mais uma única canção!
Joana: Elisa Toffoli – “Heaven Out Of Hell”; Kate Rusby – “Who Will Sing Me Lullabies”; Cara Dillon – “Craigie Hill”; O Corcunda de Notre Dame – “Lá For a”; Simon & Garfunkel – “Sound of Silence”; Amanda Marshall – “Let It Rain”; Wham – “Wake Me Up Before You Go-Go”; Elvis Costello – “She”; 4 Non Blonde – “What's Up”; Goo Goo Dolls – “Iris”. Foi difícil, e não quer dizer que sejam necessariamente as 10 músicas da minha vida, mas são, neste momento, aquelas de que me lembro para colocar aqui.
Conversa Descabida: Gostámos muito de estar aqui à conversa contigo. Excelente entrevistada e muito obrigado pela tua colaboração!
Joana: De nada. Sempre às ordens. É sempre um gosto colaborar com blogues dedicados a cultura, que é onde quero trabalhar dentro do jornalismo. Adorei a entrevista e, sobretudo, o entrevistador, por quem tenho um carinho muito especial.
Curiosidade – Sabia que a Joana foi a nossa primeira leitora a responder acertadamente a um desafio Quem Vem Lá? Utilizando o pseudónimo de Palavras Ao Vento conquistou o primeiro ponto do nosso desafio, em que perguntávamos se os nossos leitores conseguiam identificar David Bowie.
Conversa Descabida: Antes de mais muito obrigado por teres aceite o nosso convite. Sabemos que és amiga da nossa primeira entrevistada, a Carla. Achas que ela esteve à altura do desafio?
Joana: Como já tive oportunidade de confidenciar, achei a ironia da Anes genial, ironia essa com a qual tenho oportunidade de conviver quase diariamente e à qual acho imensa piada. Por isso sim, considero que esteve à altura do desafio. E acrescento que ela é das pessoas que conheço com um gosto musical excepcional, ainda que seja, de todo, diferente do meu. No entanto, já descobri muito boa música e muito bom artista, graças a ela. De resto, tenho apenas a dizer que a entrevista agradou-me pelo próprio tom com que foi feita e também porque achei que as perguntas não podiam ter sido melhores.
Conversa Descabida: Obrigado pela parte que nos toca. E descobris-te alguma coisa sobre ela que não soubesses?
Joana: Não, não! E posso aqui confirmar que a Carla é das pessoas mais sóbrias que conheço. A sua 'alegria' contagiante nos jantares de curso e mesmo naqueles entre amigos mais chegados é apenas um traço da sua personalidade, nada mais. E não vou "inserir aqui nenhum tipo de sarcasmo".
Conversa Descabida: Esta semana falamos dos No Doubt. Onde pensas que Gwen Stefani brilha mais: na banda ou a solo?
Joana: Confesso que quando era mais nova era completamente viciada na "Don't Speak" e ainda hoje quando oiço a música, sinto-me voltar a minha infância/pseudo-adolescência. Mais tarde, apaixonei-me pelo álbum Rock Steady, sobretudo pelos singles lançados, nomeadamente "Hey Baby", "Hella Good" e "Underneath At All". Devo acrescentar que não é bem o meu estilo de música, mas na altura achei que tinha sido um dos melhores trabalhos da banda norte-americana. Quanto a carreira a solo da Gwen, considero que foi uma boa forma de a artista se afirmar ainda mais. Ela tem uma presença em palco inconfundível e poderosamente marcante. Adoro o estilo dela e acho que ela faz a diferença por ser uma vocalista com um estilo irreverente, mas à sua própria maneira, isto é, não é mais uma Avril Lavigne ou uma Madonna. O álbum Love. Angel. Music. Baby é extraordinário, na minha opinião. E adoro o imaginário "Alice no País das Maravilhas", que ela recriou no primeiro single desse álbum.
Conversa Descabida: A semana passada escreveu-se um artigo aqui nestas páginas sobre bandas com nomes cuja tradução para português era bastante engraçada. Os No Doubt estava lá com o nome de Sem Dúvida. Aproveitando a deixa, do que é que não tens dúvidas?
Joana: Não tenho dúvidas quanto ao futuro que nos espera a todos. Mas como não quero ser demasiado mórbida nesta minha resposta, como não tenho jeito nenhum para o drama e como o meu forte não é a ironia (ser mordaz é um traço que tenho tentado acrescentar à minha personalidade, no entanto sem qualquer sucesso à vista), digo apenas que o homem não vive de certezas, apesar de muitas vezes afirmar que sabe tudo. Eu gosto de pensar que não tenho certezas, mas que também não tenho dúvidas. Sou qualquer coisa in between, algo que não sei ao certo o que significa, mas que um dia vou descobrir. Sou feliz desta maneira. Não quero ser uma pessoa com certezas, num mundo que pensa que apenas tem certezas, simplesmente porque não quero ser apenas mais uma pessoa no mundo.
Conversa Descabida: Vamos fofocar um bocado agora que também dá jeito às vezes. O que tens a dizer do casamento de José Sócrates com Fernanda Câncio que deverá ocorrer no Verão deste ano?
Joana: Ora aí está um tema verdadeiramente interessante para ser debatido por uma futura jornalista, cujo "futuro", espero eu, não passará, de todo, pelas revistas ditas cor-de-rosa. Mas sim, acho "porreiro pá". Acho que a Fernandinha partilha, sem dúvida, da minha opinião. E aproveitando a deixa, contrariamente ao que muito boa gente acha da voz dela, eu adoro a rouquidão que lhe é característica.
Conversa Descabida: Que música achas que ficaria bem na cerimónia?
Joana: Ora bem, estás a ver a Canon, a musica tradicional do casamento? Eu prefiro esta versão: http://www.youtube.com/watch?v=QjA5faZF1A8. Não há nada melhor do que algo assim mais animadito, mais rockeiro e assim sempre dá para dar mais vida à cerimónia. Por consequência, reduz-se o número de convidados que, provavelmente, já estariam a dormir ainda a "missa" estava a meio. Acrescento que o padre também acharia muito porreiro.
Conversa Descabida: A nossa escolha provavelmente recairia sobre o “Surrender” da Céline Dion…Achas que o nosso primeiro ministro será um marido tão bom quanto é político?
Joana: “Surrender”? Seria uma boa escolha também. "A thousand dreams I still believe", já dizia a Céline. É ela e muitos portugueses. Pronto, não me vou alongar a esse respeito, mas espero que toda a gente que está a ler esta entrevista, saiba perceber nas entrelinhas. Quanto ao facto de vir a ser um marido tão bom como é político, ora bem... penso que será "porreiro pá".
Conversa Descabida: Mudemos de assunto senão daqui a nada somos noticia de telejornal…A Britney Spears vem a Portugal em Julho para um concerto no Pavilhão Atlântico. Faz-me recordar há 5 anos atrás a actuação dela no Rock In Rio Lisboa. Achas bem que as pessoas paguem preços exurbitantes para que depois lhes espetem com um playback em cima?
Joana: Sim, tens razão. Talvez seja melhor dizer que todas as minhas respostas até agora foram extremamente irónicas, só mesmo uma forma de me tentar adaptar ao tom da entrevista. Acreditem que política não é de todo o meu forte, mas que até não desgosto do nosso primeiro-ministro. E ambiciono, como jornalista, vir a entrevistá-lo. Respondendo à tua questão, por muito playback que a Britney utilize e apesar dos preços exurbitantes dos bilhetes, acho que as pessoas não vão deixar de ir ver os concertos dela. Ela, por muito que não queiramos, é um ícone da música pop. E toda a rapariga da minha idade, sonhou acordada com o rapaz de quem gostava ao som de uma música dela. A Britney preencheu a nossa adolescência. Ela já teve uma voz maravilhosa em tempos e refiro-me aqui à altura em que ela participou no Mickey Mouse Club. Já vi inúmeros documentários dela em que se podia ver que tinha uma voz bonita. Mas nota-se que nunca pode ser comparada à Christina Aguilera, ainda que as pessoas comuns e até mesmo os especialistas em termos musicais tenham tendência para fazer essa comparação. Termino a minha resposta dizendo que "Circus" é um álbum que ainda vai dar que falar. A Britney teve a sua fase complicada e "Blackout", na minha opinião, foi o pior álbum dela até agora. Mas penso que este último vai relançá-la, sem duvida, no mundo do espectáculo.
Conversa Descabida: Já que falamos de playback começo também a lembrar-me do Festival da Canção e da música do Carlos Paião. Das 45 músicas portuguesas que venceram o Festival a nível nacional qual a que mais te fascina?
Joana: “Amor D'Água Fresca”. Em primeiro lugar porque a letra é da autoria de uma das escritoras portuguesas que mais aprecio, Rosa Lobato de Faria, e depois porque é excepcionalmente bem interpretada por uma das vozes que mais gosto no panorama musical português, a fabulosa Dina. E aproveito aqui para dizer que gostava de tê-la ouvido mais vezes ao longo destes anos.
Conversa Descabida: Até que ano achas que a escolaridade devia ser obrigatória?
Joana: Eu concordo, com o facto de a escolaridade obrigatória ser até ao 12º ano. Mais uma vez, não estou muito por dentro de assuntos relacionados com política, mas já percebi pelas notícias que vejo nos telejornais e que leio nos jornais diários que alguns professores e alunos não estão contentes com muitas das medidas tomadas pela Maria de Lurdes Rodrigues. Eu não me posso manifestar a esse nível, porque não tenho grande conhecimento de causa. E mais uma vez aproveito momentos como estes, mais dizer que podíamos fazer um esforço para acabar com muita da iliteracia do nosso país. Gostaria que abrissem mais universidades para as pessoas mais velhas, que querem aprender a ler e a escrever, ou que ambicionam continuar os estudos que já têm e ter formação a todos os níveis. Não há nada melhor do que ter pessoas com vontade de aprender. E acrescento que a leitura devia ser muito mais estimulada, sobretudo nas crianças, que deviam, na minha opinião, começar a ter contacto, desde cedo com a magia que as palavras podem ter. Penso que Portugal devia apostar mais na cultura, ainda para mais porque vivemos num país cheio de História.
Conversa Descabida: Que música é ideal para estudar?
Joana: Ora bem, para mim folk e música celta.
Conversa Descabida: Esta semana falámos do American Idol na nossa Caixinha de Tesouros. Tens acompanhado a 8º temporada?
Joana: Gostava de poder dizer que sim, mas nem por isso. A quantidade exorbintante de entrevistas que tenho de transcrever para escrever reportagens para a faculdade, impossibilita-me acompanhar a 8ª temporada e todas as que se lhe antecederam.
Conversa Descabida: Mas certamente que conheces o Simon Cowell…Que tens a dizer sobre o papel que ele tem desempenhado como júri?
Joana: Claro que conheço. Ora bem, penso que devia deixar de ser tão carrancudo. Tem ar de quem carrega o mundo às costas. O único sítio onde o vi a ser minimanente 'fofinho' foi nos extras do Shrek 2, em que brilha a cantar "I did it my way".
Conversa Descabida: Desconhecíamos essa preciosidade do Shrek mas vamos investigar! Achas que tinhas o material necessário para ser a próxima “ídola” portuguesa?
Joana: Não, de todo. Ambiciono ser uma "ídola", mas apenas a nível jornalístico.
Conversa Descabida: Apesar de estarmos a gostar muito da conversa temos de terminar…Como já vem sendo hábito nestas entrevistas vamos ser maldosos e pedir-te que selecciones 10 músicas da tua vida…E nem mais uma única canção!
Joana: Elisa Toffoli – “Heaven Out Of Hell”; Kate Rusby – “Who Will Sing Me Lullabies”; Cara Dillon – “Craigie Hill”; O Corcunda de Notre Dame – “Lá For a”; Simon & Garfunkel – “Sound of Silence”; Amanda Marshall – “Let It Rain”; Wham – “Wake Me Up Before You Go-Go”; Elvis Costello – “She”; 4 Non Blonde – “What's Up”; Goo Goo Dolls – “Iris”. Foi difícil, e não quer dizer que sejam necessariamente as 10 músicas da minha vida, mas são, neste momento, aquelas de que me lembro para colocar aqui.
Conversa Descabida: Gostámos muito de estar aqui à conversa contigo. Excelente entrevistada e muito obrigado pela tua colaboração!
Joana: De nada. Sempre às ordens. É sempre um gosto colaborar com blogues dedicados a cultura, que é onde quero trabalhar dentro do jornalismo. Adorei a entrevista e, sobretudo, o entrevistador, por quem tenho um carinho muito especial.
Curiosidade – Sabia que a Joana foi a nossa primeira leitora a responder acertadamente a um desafio Quem Vem Lá? Utilizando o pseudónimo de Palavras Ao Vento conquistou o primeiro ponto do nosso desafio, em que perguntávamos se os nossos leitores conseguiam identificar David Bowie.
Amanda Marshall - "Let It Rain"
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