quarta-feira, 22 de julho de 2009
100% Tuga - Francisco Gouveia
Posted on 11:29 by FHAE
Temos o orgulho de apresentar em corpo e alma mais uma secção que vem agitar o "The Sound Of Music". Apesar de bastante semelhante ao nosso já estimado "Baú dos Horrores", o "100% Tuga" vem mostrar a música nacional que é feita nos cantos mais reconditos deste nosso querido país. Recorde ritmos, visuais e penteados, paisagens deslumbrantes, do país que fica no canto mais extremo ocidental do continente europeu. Hoje tivemos o prazer de encontrar Francisco Gouveia e a sua banda. Caracterizado por membros com mais de 50 anos, a sua banda talvez não tenha tido o merecido destaque. Mas para já, centremo-nos na figura de Francisco Gouveia. Filho de pais de o
rigem ribatejana, Francisco é oriundo de Campo de Ourique, em Lisboa, local onde viria a efectuar os seus estudos, primários e, mais tarde, a Escola Industrial Marquês de Pombal. O chamamento vocacional pela música começou a aparecer-lhe por volta dos 14 anos. "Era a veia que já vinha de família. Tive um tio que tocava bandolim, uma prima, por sinal ceguinha, que tocava acordeão, piano e outros instrumentos na Emissora Nacional, tirando o seu curso de música num colégio onde foi educada.", diz-nos Francisco Gouveia mostrando-se um tanto ou quanto nostálgico. Mas não precisamos de ir mais longe para encontrar ainda mais contactos que Francisco Gouveia tinha com o mundo da música. O seu pai sempre havia tocado caixa e muitos outros instrumentos por Bandas Filarmónicas por esse país fora. Foi ele inclusivé que se preocupou em encontrar um professor de música ao alcance de conseguir orientar mais ou menos o seu filho. É já com 16 anos que Francisco inicia os seus estudos de música recitada e cantada na clave de Sol, mas também na de Fá, como o próprio músico gosta de salientar. Aos 19 anos termina este estudo e vê-se obrigado a cumprir o serviço militar obrigatório no Regimento de Infantaria 1, sediado em Lisboa, nunca colocando de parte os estudos musicais. Mais tarde seria transferido para a Casa de Reclusão da Trafaria, ainda no seguimento do serviço militar, e onde viria a conhecer o actor Raúl Solnado. "Passámos juntos grandes momentos de alegria, pois na nossa caserna nunca havia tristeza, não faltava música nas horas vagas dos soldados. Eu tocava saxofone alto e o Raúl Solnado brincava, dançava e contava anedotas parodiais e fazia imitações de artistas e até do nosso proprio capitão, que o veio a reconhecer como artista do teatro mais tarde." relembra Francisco ao ser confrontado com este capítulo da história da sua vida. À semelhança de seu pai também se dedicou de corpo e alma às bandas filarmónicas, chegando a tocar saxofone alto na Banda da Incrivel Almadense e clarinete na Banda da Sociedade Filarmónica Alunos de Apolo e na Academia Filarmónica Verdi. Ao longo da sua vida foi compondo divers
as peças para bandas e saciando a sua paixão pelo acordeão, chegando mesmo a ter aulas. Francisco trabalhou na Papelaria Fernandes de Lisboa onde recebia onde ordenado baixissímo, mas nem por isso se deixou derrubar. Trabalhou com diversos nomes radiofónicos como Júlia Barroso, Maria Amélia Canossa, Tristão da Silva e outros artistas do Teatro e da Emissora Nacional. É ao ouvir as sábias palavras de um director de produção de uma fábrica de discos num estúdio de gravação no Porto que Francisco fica a pensar na possibilidade de criar o seu conjunto. “"O senhor Gouveia devia formar o seu conjunto típico privativo porque o senhor escreve muitas canções, tem uma inspiração fecunda, vá para a frente”. Desde aí fiquei com as suas palavras na ideia.", enuncia e comenta o nosso ilustre músico em destaque. É em 1960 num desfile das Marchas Populares de Lisboa que conhece Eduardo Faria de Dioz que lhe confidenciou que ambicionava cantar música popular. "Combinei com ele ir a minha casa para fazermos um ensaiozinho de voz e vi realmente que ele era a pessoa indicada para cantar o género de música que eu escrevia e daí nasceu a ideia de formar o Conjunto Típico privativo.". Para terminar, Francisco Gouveia faz ainda questão de nos dizer: "A música não tem idade e continuaremos com a Graça do Senhor!". Faz ele e a sua banda senão muito bem e o "The Sound Of Music" despede-se de mais um artigo luxuoso e luminoso, não sem antes vos deixar ao som Francisco Gouveia e sua banda com o tema "A Fruta é Boa".
rigem ribatejana, Francisco é oriundo de Campo de Ourique, em Lisboa, local onde viria a efectuar os seus estudos, primários e, mais tarde, a Escola Industrial Marquês de Pombal. O chamamento vocacional pela música começou a aparecer-lhe por volta dos 14 anos. "Era a veia que já vinha de família. Tive um tio que tocava bandolim, uma prima, por sinal ceguinha, que tocava acordeão, piano e outros instrumentos na Emissora Nacional, tirando o seu curso de música num colégio onde foi educada.", diz-nos Francisco Gouveia mostrando-se um tanto ou quanto nostálgico. Mas não precisamos de ir mais longe para encontrar ainda mais contactos que Francisco Gouveia tinha com o mundo da música. O seu pai sempre havia tocado caixa e muitos outros instrumentos por Bandas Filarmónicas por esse país fora. Foi ele inclusivé que se preocupou em encontrar um professor de música ao alcance de conseguir orientar mais ou menos o seu filho. É já com 16 anos que Francisco inicia os seus estudos de música recitada e cantada na clave de Sol, mas também na de Fá, como o próprio músico gosta de salientar. Aos 19 anos termina este estudo e vê-se obrigado a cumprir o serviço militar obrigatório no Regimento de Infantaria 1, sediado em Lisboa, nunca colocando de parte os estudos musicais. Mais tarde seria transferido para a Casa de Reclusão da Trafaria, ainda no seguimento do serviço militar, e onde viria a conhecer o actor Raúl Solnado. "Passámos juntos grandes momentos de alegria, pois na nossa caserna nunca havia tristeza, não faltava música nas horas vagas dos soldados. Eu tocava saxofone alto e o Raúl Solnado brincava, dançava e contava anedotas parodiais e fazia imitações de artistas e até do nosso proprio capitão, que o veio a reconhecer como artista do teatro mais tarde." relembra Francisco ao ser confrontado com este capítulo da história da sua vida. À semelhança de seu pai também se dedicou de corpo e alma às bandas filarmónicas, chegando a tocar saxofone alto na Banda da Incrivel Almadense e clarinete na Banda da Sociedade Filarmónica Alunos de Apolo e na Academia Filarmónica Verdi. Ao longo da sua vida foi compondo divers
as peças para bandas e saciando a sua paixão pelo acordeão, chegando mesmo a ter aulas. Francisco trabalhou na Papelaria Fernandes de Lisboa onde recebia onde ordenado baixissímo, mas nem por isso se deixou derrubar. Trabalhou com diversos nomes radiofónicos como Júlia Barroso, Maria Amélia Canossa, Tristão da Silva e outros artistas do Teatro e da Emissora Nacional. É ao ouvir as sábias palavras de um director de produção de uma fábrica de discos num estúdio de gravação no Porto que Francisco fica a pensar na possibilidade de criar o seu conjunto. “"O senhor Gouveia devia formar o seu conjunto típico privativo porque o senhor escreve muitas canções, tem uma inspiração fecunda, vá para a frente”. Desde aí fiquei com as suas palavras na ideia.", enuncia e comenta o nosso ilustre músico em destaque. É em 1960 num desfile das Marchas Populares de Lisboa que conhece Eduardo Faria de Dioz que lhe confidenciou que ambicionava cantar música popular. "Combinei com ele ir a minha casa para fazermos um ensaiozinho de voz e vi realmente que ele era a pessoa indicada para cantar o género de música que eu escrevia e daí nasceu a ideia de formar o Conjunto Típico privativo.". Para terminar, Francisco Gouveia faz ainda questão de nos dizer: "A música não tem idade e continuaremos com a Graça do Senhor!". Faz ele e a sua banda senão muito bem e o "The Sound Of Music" despede-se de mais um artigo luxuoso e luminoso, não sem antes vos deixar ao som Francisco Gouveia e sua banda com o tema "A Fruta é Boa".
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